sexta-feira, 25 de setembro de 2015

História da semana #107: Esperança no amanhã - parte 2

Semana passada conhecemos a história de Heldade, general hebreu. Em uma guerra quase impossível de vencer ele se vê em dilemas comuns nos dias de hoje. Confortado pela profetisa Débora, ele volta a ter esperança no amanhã, mas quando o dia oportuno da guerra chega só um milagre pode salvar Israel. Em meio a tantas dúvidas e desafios, o general precisa acreditar no impossível para alcançar a vitória.


Diário de guerra: dia 75
Shabbat Shalom (Cumprimento dos judeus que significa sábado de paz)! Hoje é sábado e me sinto revigorado. Débora e Lapidote fizeram uma meditação especial hoje. Embora saiba que amanhã partiremos para uma batalha mortal, algo me conforta e me dá esperança para o amanhã. Hoje eu vi várias crianças brincando. Isso me lembra e me dá saudade de meu filho. Como ele está? Que Deus fique com minha família.

Diário de Guerra: Dia 76
Já é noite aqui no deserto. O dia de hoje foi cheio. Ao amanhecer, logo cedo, nos alimentamos, um homem de Betel fez uma meditação e logo nós, os soldados, fomos para a tenda de Baraque para combinar as táticas militares. Baraque ainda me parece louco e Débora também. Pelas ordens dela, devemos reunir dez mil homens (apenas) das tribos de Naftali e Zebulom e ir para a guerra. Não consigo acreditar que apenas dez mil homens mal equipados possam vencer o exército cananeu. De repente hoje, aquela angústia e incerteza voltaram a pairar em meu coração. Acho que Baraque, embora negue, sente o mesmo. Hoje ele pediu que Débora fosse junto conosco para o campo de batalha. Se ela não atendesse seu pedido, ele disse que não iria. Ela decidiu ir. Agora temos mais ela para nos preocupar. Uma mulher no campo de batalha? Ótimo, acho que estou ficando louco.

Diário de Guerra: Dia 82
Hoje fizemos o recrutamento dos homens das tribos de Naftali e Zebulom. São poucos comparado ao exército inimigo. Amanhã partiremos em direção a Quedes, onde, segundo a profetisa, ocorrerá a guerra. Outra coisa que Débora disse é que a honra da vitória não será de Baraque, mas de uma mulher! Será que está falando dela mesma?

Diário de Guerra: Dia 83
Hoje fiquei pensando no poder militar inimigo. Sísera é um comandante excepcional e experiente. Uma coisa que notei nas batalhas passadas é que, quando ele se retira para um flanco enfraquecido, o centro perde muita força, o exército cananeu é dependente dele, se conseguíssemos abatê-lo talvez exista chace de vitória. O problema está em como vencê-lo. Ele luta como um leão e possui uns 15 escudeiros que lutam em volta dele, o protegendo. Na verdade, acho que se vencermos será por uma intervenção divina tal como no dia em que o sol parou no tempo de Josué.

Diário de Guerra: Dia 85
Hoje chegamos no campo de batalha e acampamos numa caverna. Os mensageiros de Baraque já informaram que logo Sísera chegara, ele já saiu de Harosete-Hagojim, acho que amanhã haverá guerra.

Diário de Guerra: Dia 86
Hoje o dia foi cheio! Estou esgotado, mas não poderia deixar de registrar a grandiosidade do que aconteceu hoje. Logo cedo estávamos enfileirados no monte Tabor. Eu, Baraque e outros generais estávamos a frente. Do outro lado, pelo meio da manhã, surge o exército cananeu, logo eles se colocam em posição de batalha e os carros começaram a avançar. A luta mal havia começado, já estávamos em desvantagem quando Sísera e seus principais generais começaram a fugir, ao irem saindo, os corpos de soldados e carros caídos apareceram aos montes. A única explicação é que os cananeus se mataram uns aos outros. No pico do monte Débora orava a Deus. Fomos em direção ao exército inimigo. O grande número de soldados os retardava e eles ficaram indefesos sem armas, carros de guerra e sem seu general que fugiu em outra direção. Os despojos foram muitos, derrotamos todos os soldados inimigos e anexamos algumas cidades ao território de Naftali. Com a vitória em nossas mãos, Baraque e um grupo de sodados foram em busca do general inimigo enquanto eu comandei os últimos ataques ao cananeus. No fim do dia, quando já comemorávamos a vitória com uma festa no acampamento quando Baraque e sua comitiva de soldados veio com a espada e o escudo de Sísera em mãos. Segundo eles, Sísera foi se esconder na casa de um ermitão do deserto com quem tinha uma amizade, lá, ao cair no sono, foi morto pela mulher do Ermitão. Tudo aconteceu como Débora falou. Hoje, mais do que nunca eu tenho fé em Eu Sou. Tenho esperança no amanhã. As palavras de Débora hoje ecoam em meu coração: "Assim, ó Eu Sou, morram todos os teus inimigos, mas que andam contigo brilhem como a luz do sol nascente!"

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