sexta-feira, 13 de março de 2015

História da semana #85: A cura de Naamã

Um milagre é muitas vezes mais eficaz em atrair pessoas do que vários sermões. A amostra prática do poder de de Deus muitas vezes é o que chama a atenção. O milagre, quando ocorre é bom, não só, para aquele que o recebe e é curado, mas também pode levar muitas testemunhas a Cristo. Na história de hoje veremos um milagre que mudou a vida de um oficial e dos que o cercavam, também tiraremos lições importantes para nossa vida. Tudo isso numa história para dormir.

Nos campos e colinas próximas a Nínive, na antiga Assíria vivia uma família, eles não eram ricos, mas tinham uma boa qualidade de vida, o pai, Laomer, era o chefe geral do palácio de Naamã, basicamente, ele era encarregado de cuidar dos empregados, das finanças, tomar decisões importantes e comandar a guarda pessoal do antigo maior general da Palestina. A mãe, Rebeca, era uma das damas de companhia de Judite, a filha de Naamã. Os filhos, Perlaor e Judá, ainda pequenos eram dois espertos garotos. Certa noite, enquanto Rebeca colocava os filhos para dormir, Perlaor fez um pedido comum naquela família:
- Mãe, conte uma história.
 Rebeca, como costumeiramente fazia, se sentou na cama de um dos filhos e começou a falar:
-Certa vez, quando eu era muito pequena,do tamanho de vocês, no reino de Israel, houve uma guerra, a Assíria estava atacando. Deus não estava nada contente com o modo de vida dos israelitas e fez com que os assírios vencessem, o general Naamã conduziu o exercito assírio a uma vitória, eles levaram muitos despojos de guerra e alguns escravos, um deles era eu. Eu fui capturada e levada para o palácio de Naamã, fiquei com medo, mas orei a Deus e Ele conduziu a minha vida desde então. Fui designada para ser criada de Ramá, a esposa de Naamã, ela era uma pessoa muito boa e eu cresci ouvindo seus ensinamentos. Naamã e Ramá não tinham filhos, por isso Ramá me tratava como sua filha, muitas vezes ficávamos horas conversando, quando Naamã saía para as guerras eu fazia companhia a minha senhora. Um dia, após voltar de uma guerra, Naamã, que era conhecido como o maior general da região,  notou algumas feridas atípicas.
- O são atípicas, mamãe?- perguntou Judá.
-Atípicas significa incomuns, diferentes. Bem, Naamã pensou que fossem apenas alguns ferimentos de guerra, mas alguns dias depois as feridas surgiam por todo o corpo e elas coçavam, com o tempo Naamã não conseguia mais dormir e as coceiras ardiam. Ele se afastou de suas funções no exército e passou a viver isolado na casa, apenas Ramá e alguns poucos servos podiam vê-lo e com cautela para não pegar a doença, Naamã tinha dinheiro e recorreu a todo tipo de tratamento para a cura, pagou muito dinheiro, mas nada o curava. Um dia eu me lembrei de um profeta de Israel que curava as pessoas, Elias, mas ele já devia estar morto, mas ele tinha discípulos, talvez algum deles curasse meu senhor. Eu falei a Ramá de Elias e seus aprendizes e ela prometeu falar com Naamã. Ela pediu a um servo que pesquisasse em Israel o que aconteceu com Elias e ele descobriu que o profeta foi levado aos céus e seu discípulo Eliseu o substituíra. Naamã já não confiava nos médicos e mágicos que contratara estava esperando a morte, mas ao ouvir o apelo de sua esposa resolveu buscar Eliseu. Pediu ao rei Ben Hadade II que enviasse uma carta a Jorão, rei de Israel, exigindo que o ele conseguisse alguém para curar Naamã, mas Jorão pensou ser isso uma armadilha assíria para atacar Israel. O rei de Israel não respondeu a carta, mas Eliseu ficou sabendo do ocorrido e mandou dizer ao rei que Naamã deveria ir a sua casa para saber que existe um profeta em Israel. Naamã pensava que Eliseu era um mágico que falava algumas palavras e as feridas se curariam. Ao chegar nas proximidades da casa de Eliseu, Naamã estava acompanhado de alguns servos, inclusive seu pai Laomer, que na época era apenas um escudeiro. Lá, Naamã foi recebido por um servo de Eliseu, Geazi, que o mandou ir ao Jordão e se banhar sete vezes.
- Mas por que no Jordão, que é sujo, e não em Abana ou Farpar que são limpos?- perguntou Perlaor, com cara de sono, mas interessadíssimo na história da mãe.
- Esta foi a mesma dúvida de Naamã, mas as vezes Deus nos pede tarefas difíceis para provar nossa fé e lealdade.
- E o que Naamã fez?
- Ele ficou furioso, saiu bravo com Eliseu, ele não havia nem atendido seu convidado, mas mandara um servo e ainda pedira algo absurdo, mas pai de vocês e o restante dos servos o perguntaram se ele teria feito algo difícil , caso Eliseu o pedisse e ele afirmou que sim, mas eles o disseram que ele não era capaz de fazer coisas fáceis, como se banhar num rio, Naamã, então, resolveu ir e se banhar, e para sua surpresa, no sétimo mergulho, ele ficou purificado, as coceiras cessaram e as feridas saíram, era um milagre. Naamã voltou a casa de Eliseu com presentes caros, roupas, jóias, ouro e perfumarias, mas Eliseu não aceitou, Naamã então pediu ao profeta um pouco da terra de Israel e jurou nunca mais adorar a outro Deus. 
- E o que aconteceu depois?- perguntou Perlaor?
- Bem, eu e seu pai crescemos e nos casamos, fomos subindo dentro do palácio e hoje ocupamos funções importantes, seu pai virou adorador de Jeová, Eliseu continuou como profeta, Geazi, o servo de Eliseu, cobiçou os tesouros recusados por seu senhor, foi atrás de Naamã e pegou o tesouro, mas acabou sendo castigado com a doença de Naamã. Naamã e sua esposa, Ramá, também começaram a adorar a Deus, e tiveram uma filha, Judite. Que lições podemos tirar desta história?
- Devemos ter fé em Deus- respondeu Judá.
- E nunca mentir, ser ganancioso ou vaidoso a ponto de nos prejudicarmos.- disse Perlaor.
- Isso mesmo, respondeu a mãe Rebeca cobrindo os filhos com lençóis.
    

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