sexta-feira, 28 de março de 2014

História da semana #37 Última chance

Hoje viemos com mais uma história da semana e desta vez falaremos sobre um personagem bíblico com uma história misteriosa. Hoje falaremos de alguém que presenciou o maior momento da história da Terra, ele viu Jesus morrer. Até aí você já deve ter imaginado que vamos falar do bom ladrão. Pela tradição ele é chamado de Dimas, mas como a Bíblia não cita seu nome vamos nos referir a ele apenas como o om ladrão ou sinônimos.
O homem com uma roupa escura com um capuz, visivelmente aparentava nervosismo. Havia cometido um erro terrível, um crime sem precedentes. Sabia que logo os soldados romanos o alcançariam, estava cansado de fugir. Ao passar por uma praça ouviu os passos dos soldados e o barulho dos cavalos que estavam com eles. Estava cerado, há menos que ele se escondesse rapidamente. Ele então viu uma pequena aglomeração na praça era um homem falando. Sem opções ele se enfiou rapidamente no meio da multidão. Os soldados passaram e não notaram nada. Aquele homem pensou consigo mesmo, estou salvo. O homem que falava começou a falar sobre um reino diferente no céu. Ele pareceu não dar muita bola, mas acabou por ouvir atentamente o homem, que depois curou alguns enfermos. Ao perguntar sobre o homem que falava, uma resposta o surpreendeu, era Jesus. Ele, notando que os soldados estavam distantes voltou a andar em direção a sua casa. Ao chegar lá, encontrou seu amigo, que junto com ele havia cometido aquele crime terrível, ambos foragidos, se fossem pegos pena de morte. Não tinham saída. Aquele homem não se lembrou mais de Jesus ou sua mensagem apenas ouvia, de vez em quando, sobre seus milagres. Um dia ele ouviu boatos sobre conspiração para matar Jesus e que ele viria para Jerusalém. Não se importou. Seu parceiro também não se importava. Ele se sentia cada dia mais vazio, mais culpado pelo que cometerá, seu comparsa não aparentava este sentimento, mas ainda temia elos romanos. Um dia ele, não aguentando mais a pressão, resolveu, vou recomeçar, vou embora de Jerusalém, convidou seu parceiro e eles marcaram data, hora e combinaram tudo para não serem pegos. Na data combinada se encontrarão e conseguiram fugir. No caminho cruzaram por Jesus e seu grupo de seguidores. Estranhamente aquele homem voltou a pensar no mestre e seu sermão. Jesus ao passar por eles deu um belo sorriso e perguntou há quanto tempo estavam de Jerusalém. Após responderem eles continuaram sua fuga.
A noite chegou, eles pararam em Cafarnaum, já estavam a uma semana fugindo. De madrugada, na estalagem, aquele homem não conseguia dormir. Quando finalmente pegou no sono, soldados com tochas, cavalos e um mandato de prisão, invadiram a estalagem e chutaram a porta. Após a denúncia de um vizinho, os soldados examinaram a casa e acharam a arma do crime. Pensamentos cercaram a cabeça daquele homem, vou se preso, vou morrer, será crucificado, apedrejado, como vou morrer, como me acharam, indagou-se. Foram presos, açoitados e finalmente a pena saiu, crucifixão. Apenas uma esperança havia no coração daqueles dois homens, serem soltos e perdoados na páscoa. Da prisão viram Jesus entrar como príncipe em Jerusalém e também os boatos de ele ter sido preso.
Na sexta-feira de páscoa, eles acordaram com uma atípica esperança no coração. Seriam soltos. A esperança acabou quando Barrabás e o próprio Jesus foram levados ao povo para escolherem quem seria solto. O povo, subornado pelos líderes escolheu Barrabás. Jesus foi condenado a morte na cruz.
No dia da morte, os dois ladrões foram soltos, açoitados e levados, carregando a própria cruz até uma montanha para morrerem amarrados numa cruz, sem comer, beber, nus e agonizando sem ar, talvez por dias. A chegar lá tiveram uma surpresa, Jesus iria morrer ao lado deles. Aquele homem viu ali uma esperança, Jesus poderia levá-lo ao reino dos céus, poderia perdoá-lo. Ao chegar o meio-dia as cruzes se ergueram, vaias e desesperos. Agonizando em suas cruzes, aqueles homens conversavam.
O parceiro de crime do bom ladrão, aproveitando-se da gozação dos judeus começou a insultar Jesus. O ladrão então, arrependido e disse:
- Não ria dele, nós estamos sendo punidos com justiça, fizemos um crime terrível.  Ele não fez nada. Jesus, disse ele, lembra-te de mim quando fores ao reino dos céus.
Aquele homem não segurou a emoção, se lembrou de quando viu Jesus pela primeira vez, não esqueceu de seus crimes mas sentiu que naquele momento Deus o perdoará. Jesus quase sem conseguir falar respondeu:
- Eu te digo hoje, estarás comigo no paraíso.
Não sabemos se a alegria de ser perdoado do bom ladrão durou muito, talvez minutos, horas, quem sabe morreu só no dia seguinte. O que sabemos é que aquele homem morreu em paz, feliz e quando Jesus voltar, ele ressuscitará e estará conosco no paraíso.

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