Hoje estamos aqui para mais uma história da semana. Na história desta semana vamos tratar de um tema bastante atual, injustiça social. O cenário da história não será nas cidades modernas, e sim no antigo reino de Israel. O personagem principal de nossa narrativa é o profeta Amós, sua história é bastante conhecida por alguns, já outros apenas veem seu nome no índice, nas primeiras páginas da Bíblia. Se você não leu ainda o livro de Amós, após ler a história narrada abaixo, dê uma lida no texto bíblico, afinal a mensagem deste livro, como vamos ver, é de extrema importância para nós. Vamos a história.
O profeta Amós caminhava rapidamente em direção ao prédio onde havia sido convocado a se apresentar. Ele não aparentava nervosismo, de fato não estava nervoso, tinha quase certeza do que iriam lhe falar quando chegasse ali. O profeta havia deixado a sua tranquila vida nos campos de Tecoa em Judá, para atender um chamado do Senhor, ele e sua família eram muito religiosos e ao contrário de muitos, viviam verdadeiramente a mensagem que pregavam. Quando o Senhor chamou Amós para pregar em Israel, ele teve muitas dúvidas. Poderia aquele simples fazendeiro pregar a mensagem do Senhor a tantas pessoas. E por que tinha de pregar entre os perversos habitantes de Israel. Por que não era em Judá. Mas como um fervoroso adorador ele aceitou o desafio de pregar a outros o que o Senhor lhe pedisse. Logo que começou a pregar, Amós já atraiu a atenção dos líderes do povo de Israel, sua mensagem era verdadeiramente poderosa, dava para sentir o Senhor falando através dele. Porém, logo os sacerdotes de Israel não se importaram mais com ele, afinal sua mensagem falava de juízo contra os vizinhos que não facilitavam a vida de Israel. Os sírios, filisteus, edomitas, amonitas e moabitas não escapavam das pregações do profeta, até o reino de Judá foi alvo das poderosas palavras de Amós que vinham de Deus. Mas logo as pregações tomaram um novo rumo, e o alvo da ira do Senhor passou a ser o Reino de Israel. Amós começou a atrair várias pessoas para seus sermões que falavam do juízo vindouro contra Israel. Os líderes do povo começaram a se preocupar e tentavam jogar o povo contra o profeta. Mas isso não impediu Amós de cumprir sua missão. O tema das pregações de Amós contra Israel eram, na maioria das vezes, as injustiças sociais. Deus não estava contente com os ricos pisando a cabeça dos pobres, quem tinha dinheiro tinha o direito de agredir e maltratar os mais humildes. Além disso, corrupção, roubos e hipocrisia da parte do povo eram comuns em Israel. Os israelitas ainda prestavam culto a Deus, mas não de forma sincera, eles preferiam prestar culto a outros deuses que aparentemente dariam prazer e prosperidade. Mas mesmo assim nada mudava, apenas alguns poucos aceitavam a palavra de Amós e se arrependiam. Aí Amós começou a pregar palavras ásperas, anunciando que os israelitas seriam mortos ou enviados ao cativeiro. Isso atraiu a raiva dos corruptos líderes do povo, o sacerdote Amazias, de Betel, enviou uma mensagem ao rei Jeroboão II dizendo que Amós estava pregando uma revolução e que o rei e os líderes seriam mortos, tudo aquilo era sensacionalismo da parte do sacerdote que queria que o rei prendesse e executasse Amós, bem, isso não aconteceu.
Foi por isso que Amós foi chamado, Amazias queria falar com ele, o corrupto sacerdote sabia que dinheiro não seria o suficiente para calar Amós, ele foi direto ao ponto. "Vá pregar em Judá!" falou como se tivesse alguma autoridade. Amós lhe respondeu dizendo que não havia escolhido ser profeta, mas que Deus o havia tirado do campo, da sua profissão, para que ele pregasse em Israel. Os dois ainda tiveram uma discussão, mas a autoridade com que Amós falou deixou o sacerdote espantado.
Amós continuou pregando ao povo sobre as visões que Deus lhe enviava, contou certa vez sobre uma visão que envolvia um cesto de frutas maduras. As frutas maduras representavam Israel que logo iria se acabar. Nesta pregação ele falou palavras que vamos reproduzir agora:
"Ouçam, vocês que pisam os pobres e arruínam os necessitados da terra, dizendo: “Quando acabará a lua nova para que vendamos o cereal? E quando terminará o sábado para que comercializemos o trigo, diminuindo a medida, aumentando o preço, enganando com balanças desonestas e
comprando o pobre com prata e o necessitado por um par de sandálias, vendendo até palha com o trigo? ”
O SENHOR jurou contra o orgulho de Jacó: “Jamais esquecerei coisa alguma do que eles fizeram.
“Acaso não tremerá a terra por causa disso, e não chorarão todos os que nela vivem? Toda esta terra se levantará como o Nilo; será agitada e depois afundará como o ribeiro do Egito.
“Naquele dia”, declara o SENHOR, o Soberano: “Farei o sol se pôr ao meio-dia e em plena luz do dia escurecerei a terra."
Agora vamos chamar a atenção para as palavras que destaquei, notaram ali onde fala sobre quando terminará o sábado. Hoje em dia mesmo entre nós adventistas, há muito disso, muitos querem segurar o sol na sexta-feira para que possam continuar com atividades seculares e também empurrar o sol no sábado para que o santo dia do Senhor termine logo. Isso é hipocrisia, se somos adventistas do sétimo dia, então porque não queremos guardar o sétimo dia direito. Isso é só uma das semelhanças do povo de Israel daquele tempo com as nossas sociedades modernas, por exemplo, a corrupção, todos os dias nos noticiários estão sendo noticiados mais e mais escândalos de corrupção. Infelizmente a
mensagem para os pecadores de nosso tempo é parecida com a de Amós para os seus contemporâneos. É uma mensagem de juízo vindouro e destruição. Mas no final do livro de Amós, no capítulo 9, nos versos 11 em diante há uma mensagem de esperança para o povo de Israel. E para nós a mensagem é parecida, também é uma mensagem de vida nova e justiça em um lugar ideal. Em uma sociedade tão pecadora como a nossa resta-nos nos apegar a esperança da volta de Jesus para nos alvar, pois lá no céu haverá Justiça Para Todos. Amém.
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