Chegamos ao último episódio da série Dinastia de Judá. Para mim foi uma grande honra escrever estes nove capítulos. Começamos nos gloriosos dias de Ezequias, os milagres que Deus operou em sua vida, sua morte, o reinado terrível do filho e do neto, a reforma de Josias, a queda livre do reino, a idolatria, a ascensão de Jeremias e muito mais. No capítulo de hoje nós veremos o reinado de Zedequias, o último rei de Judá, a consequente ruína do reino e a recompensa dos que continuaram tementes a Deus.
Zedequias caminhava apressadamente o corredor do palácio. Com as vestes reais avistou a sala designada para o interrogatório. Ele estava reinando a algum tempo e já faziam alguns anos desde que tinha mandado prender Jeremias. Joaquim. seu sobrinho, foi destronado após três meses de reinado e agora Zedequias reinava. O rei entrou na sala e mandou os guardas saírem. Olhou para o interrogado, ele estava sujo, com roupas rasgadas e barba mal feita. Não parecia, mas era Jeremias, desde a sua prisão, ele continuava a profetizar e sofria muito com isso. Era espancado cada vez que falava de Deus e seu julgamento.
Jeremias começou a conversa:
- Matanias, o que você quer?
- Me chame de Zedequias, este é meu nome agora. Eu quero fazer-lhe algumas perguntas sobre as profecias que você fala. Conte-me um pouco sobre o que Jeová fala.
- Se eu contar tudo que sei você irá me matar?
- Juro-te pelo nome do Senhor que não te matarei.
- Deus me manda dizer-lhe isso: Se você se render ao rei da Babilônia, você não morrerá, nem sua família, nem sangue será derramado e Jerusalém continuará em pé. Mas se você continuar tentando vence-los, todos os cidadãos da cidade serão deportados e tu morrerás pela espada de Nabucodonosor.
Os dois continuaram a falar por alguns minutos. Zedequias tinha medo de que sua conversa fosse a tona, achava que seria menosprezado por fazer aquilo. Afinal, mandou prender o profeta e menosprezava Deus, o que aconteceria se soubesse que pediu um conselho a Jeremias. Por isso fez um acordo de silêncio com Jeremias e em troca, Jeremias saiu da prisão que estava sofrendo e foi para a prisão do palácio.
A condição de Zedequias com Nabucodonosor piorou após uma tentativa de rebelião. A sua situação com Deus havia piorado quando ele, numa tentativa de agradar o rei babilônio, se curvou frente a estátua de ouro construída por ele.
Zedequias não deu muita bola para o conselho de Jeremias, assim como o povo achava que Deus tinha obrigação de tomar conta deles, adorassem ou não a Jeová. Ele pensava que Deus era importante na segurança do reino, mas o jogo político da região podia mudar a situação do reino, jeová não. Jerusalém estava caótica. Altares idólatras estavam por toda a cidade, assassinatos e saques estavam em toda a parte. Pobreza, miséria e desespero eram rotina para todos. Alguns torciam para morrerem, não aguentavam mais a situação. A riqueza de Zedequias escondia o seu desespero. O rei estava metido com uma aliança anti-babilônica. Nabucodonosor odiava Judá por todas as suas traições e não dava chance de redenção aos judeus que pisavam no seu calo. Quando descobriu a rebelião pegou todos os seus soldados de ataque e de defesa, deixou apenas alguns para cuidar do reino e marchou em direção a Palestina. Enquanto passava pelos territórios traidores, ele depôs reis, pegou alguns reféns e destruiu pequenas cidades, mas com Judá seria diferente. Nabucodonosor planejava uma destruição lenta e dolorosa, destruiria para valer, deportaria todos e queimaria a cidade, mas essa raiva por Jerusalém, não se comparava a raiva por Zedequias. Quantas chances ele havia dado ao rei judeu, mas ele continuou traindo-o.
Quando chegou a Judá, Nabucodonosor mandou começar o cerco. Enfrentou uma pequena resistência na chegada que foi facilmente sobrepujada. Jerusalém perdera quase todos os soldados e não havia chance de pedir reforço. Só restava a eles aguardarem o fim. No início, eles pensavam que tinham bastante alimento e água, além disso, como nos tempos de Ezequias, eles pensavam que Deus viria em seu socorro. o tempo passou, a comida ficou escassa, o muro foi cedendo, começou o racionamento, chegou o inverno, Deus não veio os libertar e um súbito desespero total veio sobre os habitantes. Não havia um pingo de esperança no coração dos habitantes. Alguns vieram pedir ajuda a Jeremias, mas este sabia que era uma confiança em Deus falsa. Ele havia avisado da destruição iminente e da deportação desde os tempos de Jeoaquim, disse que Deus não o faria se se arrependessem, mas não deram ouvidos.
No dia nove do quarto mês do décimo primeiro ano do reinado de Zedequias, o muro veio quase todo a baixo e Nabucodonosor ordenou um ataque. Uma noite antes Zedequias e sua família haviam fugido por uma porta secreta. Os soldados invadiram a cidade e foram matando as pessoas, houve uma grande matança. Aleatoriamente os babilônios escolhiam alguns para viver e serem deportados. O rei ordenou que não se matasse o povo da parte pobre, para que esse ficasse e cuida-se das terras próximas. Também ordenou que soltassem e dessem liberdade a Jeremias, pois sabia de suas profecias. O rei ordenou que se prendesse vivo o rei, mas ao constatar sua fuga foi atrás dele e o alcançou. A grande maioria do povo que ficou vivo foi deportado para Babilônia, mas os generais deram poder de escolha a Jeremias, este permaneceu com os mais pobres. Zedequias foi alcançado e preso na Babilônia. Quando lá chegou, seus filhos foram mortos em praça pública e após isso ele foi cegado e preso, morreu algum tempo depois na prisão. Joaquim, ou Jeconias, filho de Jeoaquim, que reinou só três meses, foi solto anos depois e viveu livre em Babilônia. Enquanto levavam os cativos, Jeremias, finalmente livre, olhava de longe, lágrimas escorreram de seu rosto, ele imaginou a cena da volta, sabia que setenta anos depois da destruição de Jerusalém, ela seria reconstruída pelos filhos dos cativos. Ainda havia esperança para aquele reino, Deus ainda os amava e daria uma nova chance a eles.
Epílogo: Um homem alto e jovem, ainda no primeiro ano de reinado ele já governava quase todo o mundo. Ele se aproximou do escrivão e preparou-se para um anúncio. Já haviam se passado setenta anos desde a destruição de Jerusalém. Ele começou a falar:
- Assim declaro eu Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos Céus, deu-me todos os reinos da Terra e me designou para reconstruir um templo a Ele na sua cidade santa Jerusalém. Por isso eu declaro que todo aquele do povo judeu que queira voltar a Jerusalém e a reconstrua, que vá e que Deus esteja contigo.
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Zedequias caminhava apressadamente o corredor do palácio. Com as vestes reais avistou a sala designada para o interrogatório. Ele estava reinando a algum tempo e já faziam alguns anos desde que tinha mandado prender Jeremias. Joaquim. seu sobrinho, foi destronado após três meses de reinado e agora Zedequias reinava. O rei entrou na sala e mandou os guardas saírem. Olhou para o interrogado, ele estava sujo, com roupas rasgadas e barba mal feita. Não parecia, mas era Jeremias, desde a sua prisão, ele continuava a profetizar e sofria muito com isso. Era espancado cada vez que falava de Deus e seu julgamento.
Jeremias começou a conversa:
- Matanias, o que você quer?
- Me chame de Zedequias, este é meu nome agora. Eu quero fazer-lhe algumas perguntas sobre as profecias que você fala. Conte-me um pouco sobre o que Jeová fala.
- Se eu contar tudo que sei você irá me matar?
- Juro-te pelo nome do Senhor que não te matarei.
- Deus me manda dizer-lhe isso: Se você se render ao rei da Babilônia, você não morrerá, nem sua família, nem sangue será derramado e Jerusalém continuará em pé. Mas se você continuar tentando vence-los, todos os cidadãos da cidade serão deportados e tu morrerás pela espada de Nabucodonosor.
Os dois continuaram a falar por alguns minutos. Zedequias tinha medo de que sua conversa fosse a tona, achava que seria menosprezado por fazer aquilo. Afinal, mandou prender o profeta e menosprezava Deus, o que aconteceria se soubesse que pediu um conselho a Jeremias. Por isso fez um acordo de silêncio com Jeremias e em troca, Jeremias saiu da prisão que estava sofrendo e foi para a prisão do palácio.
A condição de Zedequias com Nabucodonosor piorou após uma tentativa de rebelião. A sua situação com Deus havia piorado quando ele, numa tentativa de agradar o rei babilônio, se curvou frente a estátua de ouro construída por ele.
Zedequias não deu muita bola para o conselho de Jeremias, assim como o povo achava que Deus tinha obrigação de tomar conta deles, adorassem ou não a Jeová. Ele pensava que Deus era importante na segurança do reino, mas o jogo político da região podia mudar a situação do reino, jeová não. Jerusalém estava caótica. Altares idólatras estavam por toda a cidade, assassinatos e saques estavam em toda a parte. Pobreza, miséria e desespero eram rotina para todos. Alguns torciam para morrerem, não aguentavam mais a situação. A riqueza de Zedequias escondia o seu desespero. O rei estava metido com uma aliança anti-babilônica. Nabucodonosor odiava Judá por todas as suas traições e não dava chance de redenção aos judeus que pisavam no seu calo. Quando descobriu a rebelião pegou todos os seus soldados de ataque e de defesa, deixou apenas alguns para cuidar do reino e marchou em direção a Palestina. Enquanto passava pelos territórios traidores, ele depôs reis, pegou alguns reféns e destruiu pequenas cidades, mas com Judá seria diferente. Nabucodonosor planejava uma destruição lenta e dolorosa, destruiria para valer, deportaria todos e queimaria a cidade, mas essa raiva por Jerusalém, não se comparava a raiva por Zedequias. Quantas chances ele havia dado ao rei judeu, mas ele continuou traindo-o.
Quando chegou a Judá, Nabucodonosor mandou começar o cerco. Enfrentou uma pequena resistência na chegada que foi facilmente sobrepujada. Jerusalém perdera quase todos os soldados e não havia chance de pedir reforço. Só restava a eles aguardarem o fim. No início, eles pensavam que tinham bastante alimento e água, além disso, como nos tempos de Ezequias, eles pensavam que Deus viria em seu socorro. o tempo passou, a comida ficou escassa, o muro foi cedendo, começou o racionamento, chegou o inverno, Deus não veio os libertar e um súbito desespero total veio sobre os habitantes. Não havia um pingo de esperança no coração dos habitantes. Alguns vieram pedir ajuda a Jeremias, mas este sabia que era uma confiança em Deus falsa. Ele havia avisado da destruição iminente e da deportação desde os tempos de Jeoaquim, disse que Deus não o faria se se arrependessem, mas não deram ouvidos.
No dia nove do quarto mês do décimo primeiro ano do reinado de Zedequias, o muro veio quase todo a baixo e Nabucodonosor ordenou um ataque. Uma noite antes Zedequias e sua família haviam fugido por uma porta secreta. Os soldados invadiram a cidade e foram matando as pessoas, houve uma grande matança. Aleatoriamente os babilônios escolhiam alguns para viver e serem deportados. O rei ordenou que não se matasse o povo da parte pobre, para que esse ficasse e cuida-se das terras próximas. Também ordenou que soltassem e dessem liberdade a Jeremias, pois sabia de suas profecias. O rei ordenou que se prendesse vivo o rei, mas ao constatar sua fuga foi atrás dele e o alcançou. A grande maioria do povo que ficou vivo foi deportado para Babilônia, mas os generais deram poder de escolha a Jeremias, este permaneceu com os mais pobres. Zedequias foi alcançado e preso na Babilônia. Quando lá chegou, seus filhos foram mortos em praça pública e após isso ele foi cegado e preso, morreu algum tempo depois na prisão. Joaquim, ou Jeconias, filho de Jeoaquim, que reinou só três meses, foi solto anos depois e viveu livre em Babilônia. Enquanto levavam os cativos, Jeremias, finalmente livre, olhava de longe, lágrimas escorreram de seu rosto, ele imaginou a cena da volta, sabia que setenta anos depois da destruição de Jerusalém, ela seria reconstruída pelos filhos dos cativos. Ainda havia esperança para aquele reino, Deus ainda os amava e daria uma nova chance a eles.
Epílogo: Um homem alto e jovem, ainda no primeiro ano de reinado ele já governava quase todo o mundo. Ele se aproximou do escrivão e preparou-se para um anúncio. Já haviam se passado setenta anos desde a destruição de Jerusalém. Ele começou a falar:
- Assim declaro eu Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos Céus, deu-me todos os reinos da Terra e me designou para reconstruir um templo a Ele na sua cidade santa Jerusalém. Por isso eu declaro que todo aquele do povo judeu que queira voltar a Jerusalém e a reconstrua, que vá e que Deus esteja contigo.
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