quinta-feira, 3 de julho de 2014

História da semana #50: Dinastia de Judá 6: Purificação e Reforma

Hoje estamos trazendo mais uma história da semana e esta é especial. É a nossa 50º história da semana, como vocês viram no título. Isso significa muito para nós do blog, e esperamos estar satisfazendo você leitor toda semana com empolgantes e emocionantes histórias que fortalecem nossa comunhão com Deus. Sobre a história, hoje nós continuamos a falar de Josias e sua reforma, a história vai ficar um pouco mais longa que a última, mas vale apena ler até o final, estará muito boa. Veremos os últimos momentos de Josias, o cumprimento de uma profecia antiga, o início do ministério de Jeremias, a reforma do templo e muito mais. Por isso continue ligado e se surpreenda com esta linda história.
O homem caminhava firme e rapidamente em direção ao rei, soldados se preparavam para segurá-lo, mas o senhor já de idade parecia ter força sobre humana, nada o continha. O rei, que oferecia sacrifícios em Betel, se apavorou, o semblante dele mudou, o homem parou e preparou-se para falar, o semblante do rei Jeroboão ficou tenso. Mas a história não é sobre Josias, um rei bom que lutou contra a idolatria em Judá? Por que estamos falando de Jeroboão, um perverso rei que reinou sobre Israel mais de trezentos anos antes? Calma, você já vai entender. Continuando a história... O homem brabo se identificou como profeta de Deus, um dos sucessores de Aías, o rei tremeu mais ainda. O homem de Deus começou a falar:
- Ó altar, ó altar! Assim diz o Senhor: Nascera da casa de Davi um menino e será chamado Josias, ele sacrificará todos os idolatras em ti ó altar.
Aquele profeta continuou falando mais a Jeroboão, mas essa é outra história, foquemos na primeira profecia sobre Josias. Quem diria que mais de trezentos anos depois, a profecia se cumpriria por meio de um rei.
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O rei moribundo agonizava os últimos momentos de vida, a flecha ainda estava encravada nele, não havia sido removida porque poderia matar o rei caso não fosse tirada cuidadosamente. Josias tentava falar, mas o sangramento e a dor o impediam de respirar direito, quanto mais falar ele podia. Ele então começou a lembrar-se, lembrar-se de quando era mais jovem.
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A destruição dos altares e templos demoraria mais de dez anos, mas ela começava rapidamente. Antes de nos atermos a reforma de destruição, vamos focar na reforma do templo, que ocorreu seis anos após a ordem de purificação. As ofertas para reconstrução haviam começado a ser recolhidas a cinco anos, mas só agora elas haviam alcançado o alvo para limpeza e reforma do templo. Josias, então, mandou chamar o secretário real Safã. Eles combinaram de se encontrar em frente ao templo e quando chegaram lá, viram a pintura rachada, as portas e janelas quebradas, nem parecia o templo de Salomão. Josias começou a dar as ordens. Pediu a ele para encontrar-se com o sumo-sacerdote Hilquias e pegar todo o dinheiro ajuntado nos últimos 5 anos e pagar os já contratados operários. Josias era um ótimo líder, mesmo com apenas 26 anos, ele já tinha muita experiência. Tudo ocorreu precocemente em sua vida, foi coroado com apenas oito anos, perdeu o pai com 7, o avô com 5, casou-se com uma filha de um conselheiro com 15 e teve o primeiro filho com apenas 16, com 26, a experiência era tanta que era admirado pelo povo todo e se dizia que ele se igualava em honra e esperteza ao bisavô Ezequias. Ao terminar de pagar os operários, Hilquias viu eles começarem a reforma e refazerem os primeiros reparos. Ele mesmo,o sumo-sacerdote, entrou no templo e começou a arrumar. Ídolos construídos por Amom se misturavam a objetos originais e ídolos quebrados por Manassés, tudo isso somado a paredes quebradas, cortinas rasgadas, livros e pergaminhos jogados, etc. Alguns dias depois, a fachada do templo já começava a mudar de aspecto, lembrava o templo reformado por Ezequias, 70 anos atrás. Hilquias e alguns assistentes arrumavam a bagunça de dentro do templo. De repente um dos assistentes de Hilquias chamou-o rapidamente. Achou alguns manuscritos e pergaminhos empilhados e neles a escrita hebraica: Lei de Moisés. Hilquias parecia não acreditar, após anos sem uma lei para consultar eles tinham a oportunidade de saber o que é certo e o que é errado. Hilquias mandou chamar Safã e outros membros da corte, eles rapidamente verificaram a veracidade dos documentos e foram ao palácio real.
Ao chegarem ao palácio do rei, eles interromperam a seção de julgamento que estava acontecendo, o rei Josias, assustado, mandou suspender os casos pendentes do dia e ficar a sós com os conselheiros. Hilquias e Safã começaram a falar sobre a descoberta e leram um breve resumo das leis e Josias ficou espantado Mesmo alguns de seus hábitos estavam errados, o povo se via em situação pior, pecando muito, havia muito mais a ser purificado do que Josias imaginava, ele em desespero rasgou as suas vestes e chorou, pensou em quão errado estavam ele e o povo. Mandou a corte que se encontrava lá ir consultar a profetiza Hulda, ela morava na parte Nova de Jerusalém, era mulher de Salum, que organizava todo o vestuário de Josias e o vestia. Jeremias havia ganho o dom da profecia, recebia mensagens de Deus, mas seu ministério estava guardado para depois. Hulda falou seriamente com os enviados do rei:
- Eu trarei desgraça a Judá pelos pecados dos reis, mas pela devoção de Josias, eu o pouparei desta desgraça.
Ao voltarem, Josias ouviu sobre a resposta divina. Ele então prometeu ser fiel a Deus e purificar a idolatria de vez.
No dia da inauguração do templo, Josias convocou todas as pessoas do povo possíveis, desde os pobres, aos príncipes todos que puderam, do reino todo, estavam lá, até mesmo nobres estrangeiros aliados vieram a inauguração. A partir daquele dia Josias declarou temporada de guerra aberta a idolatria, não cessaria de destruir altares até sua morte. Como a história já está um pouco longa, vamos dar uma resumida na purificação do reino.
A partir daquele dia, Josias pegou uma espada, convocou os generais e saiu destruindo ídolos, começou nas fronteiras e foi até Jerusalém. Quando chegou a capital, mandou destruir tudo, limpou o que faltava do templo e jogou tudo no vale do Cedrom. Passou pelas ruas, bateu casas e mandou tirar todos os ídolos, destruiu templos, altares e despejou tudo no vale. Então foi até o cemitério próximo ao vale e mandou retirar todos os ossos de profetas de Baal e outros deuses, profanou os altares e quando viu o altar de Jeroboão, mandou queimar os ossos ali mesmo e depois destruir o altar. A profecia estava cumprida.
Após purificar quase toda a idolatria, Josias já estava com 39 anos, estava bem colocado no trono e era comparado a Davi, vivia um período de paz até que um general seu chegou com notícias do mensageiro, Neco, o faraó do Egito, estava indo para uma guerra contra a Babilônia, ajudar a Assíria. Josias não permitiria que o Egito, um dos maiores inimigos, ajudasse a Assíria, a maior inimiga que prendeu seu pai e seu avô, a vencer a Babilônia, uma das maiores aliadas. Mandou o general preparar o exército e se preparou para a batalha. Quando foi para o campo de batalha, se viu numa emboscada ao lado dos soldados, quando foi atingido no abdômen. Seus generais tocaram a trombeta para o toque de retirada.
Um carro de guerra corria rapidamente em direção a Jerusalém com cavalos esbeltos, mas isso não importava muito naquela hora. Soldados se dispersavam no campo de batalha. Na carruagem, um homem bem trajado, acompanhado de seu escudeiro, seu general e seu filho, ele sangrava muito e agonizava uma flecha egípcia no abdômen, só via o choro dos amigos. Sentiu que não chegaria vivo a Jerusalém. Era o rei Josias, agonizando seus últimos momentos. Então sem poder falar muito, com muita dor, começou a lembrar-se de sua juventude, de quando era apenas um órfão de pai de oito anos ascendendo ao trono.

Na próxima semana: Jeremias começa o ministério, Jeoacaz, filho de Josias, sobe ao trono e o faraó não vai deixar de se aproveitar da situação

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