A história de hoje nos contará sobre um milagre, um milagre excepcional! A história foi retirada e resumida do livro "O boi que guardava o sábado e outras histórias milagrosas da Rússia" da editora CPB (faça o download aqui). A história em questão fala do Pastor Sergei Petrovich, que foi preso e colocado em uma cela fria e pequena sem receber alimento, mas eis que um milagre acontece, e que milagre, continue lendo para descobrir este feito maravilhoso operado por Deus.
Essa é a bela história dos cristãos Adventistas do Sétimo Dia na Moldávia, e como eles usavam de vários artifícios na pregação do evangelho.
O livro começa narrando a história do pastor Sergei Petrovich e sua esposa Lena. Na Moldávia a KGB (tipo de polícia secreta do governo Comunista) permitia que os membros se reunissem desde que o dia estivesse claro. Reuniões à noite não eram permitidas, mesmo que fossem de portas abertas.
O interessante era que apesar de tudo que a KGB fazia para ameaçar os cristãos, de tempos o governo fazia anúncios públicos chocantes sobre os direitos humanos – como aquele que dizia que todos tinham direito a liberdade de religião e culto. Mas não se engane, isso tudo era somente fachada.
Eles gostavam de estar no controle, e por causa disso eram uma pedra no sapato da igreja. Apareciam, às vezes, nos cultos para observar tudo o que estava acontecendo.
Uma coisa que eles queriam saber, mas nunca descobriram, era sobre a eleição dos dirigentes da igreja. Subornavam membros, ficavam de tocaia para ver se haveria as tais reuniões secretas para resolverem os negócios da igreja.
Mas um respeito sagrado parecia impregnar a igreja da Moldávia e em sua capital, Kishinev. Parecia que todos, tanto cristãos quanto não, reverenciavam demais a igreja para servirem como informantes ou traidores. Deus sempre abençoara a igreja, nunca permitindo que alguma ação da KGB ao descobrir as reuniões pastorais fosse bem sucedida.
O pastor Sergei estava se dirigindo para sua pequena casa. Ele sabia que logo haveria uma reunião secreta para elegerem o novo presidente do campo da Moldávia. Ninguém sabia onde se reuniriam. E naquela noite, haveria uma dessas reuniões. As esposas dos pastores eram as responsáveis por transmitir as informações sobre essas tais reuniões.
Elas iam até o mercado e trocavam informações com outras esposas discretamente enquanto conversavam, ou na hora em que se reuniam para as costuras de roupa em grupo, os homens se informavam durante as longas caminhadas noturnas que normalmente faziam.
Nessa noite eles se reuniriam em uma casa bem escondida nos arredores. Ao se encaminhar para esse local o pastor usou vários caminhos. Passou enfrente a casinha e depois entrou pelos fundos, usando uma batida secreta na porta.
Nessa noite eles elegeram o pastor Petya como Presidente do campo. Ele era um bom homem de Deus, fazia com que a palavra de Deus escrita fosse distribuída a todos de formas bem variadas. Usava várias secretárias datilografando e depois sai discretamente entregando, deixava seus livros nos bancos da igreja ou no chão e quem precisasse ler, pegava e depois de algum tempo devolvia no mesmo lugar. Se essa pessoa fosse presa com o livro, dizia que havia encontrado o livro, e ela não estava mentindo. Então, como não havia provas contra, era solta pela KGB.
Ao se deitar nessa noite, o pastor Sergei elevou uma oração de agradecimento a Deus por ter escolhido esse homem como seu dirigente. Mas, mal deitou e escutou uma batida bem forte na porta. Era a KGB, ninguém se atrevia a ir à casa de outra pessoa naquele horário.
Homens fortes e mal encarados entraram, e logo perguntaram quem era o novo Presidente. “Nós já sabemos da sua reunião. Quem foi eleito?” O pastor não falou nada, e logo foi preso. Sua esposa chorava com medo do que iria acontecer ao seu esposo. Ele lhe pediu para que tivesse forças. E a mandou para casa do seu irmão. O pastor sabia que provavelmente não voltaria.
O pastor foi levado à sede da KGB. Durante toda a noite foi interrogado. Eles queriam os nomes de todos os pastores que participaram da reunião – “Não posso revelar essa informação. Não seria certo, os membros da minha igreja são minha família”.
Sergei então foi conduzido a um depósito, lá foi amarrado a um pilar e surrado sem dó. A única coisa que fez foi orar: “Senhor, por favor fica comigo!”
Ela já havia sido açoitado antes pela KGB, e essa era uma experiência terrível. Mas a despeito do tamanho da surra, ele não sentia dor. Era como se Deus lhe anestesiasse as costas. Ele se lembrou da história de John Wesley, de como ele foi espancado por paus, pedras nos anos de 1.700. E não sentiu nada, nenhuma dor, apesar do sangue escorrendo pela sua cabeça.
No final do espancamento, veio à sentença. Pena máxima de prisão, no pior presídio da época - Briceni. Lá, segundo a KGB, eles saberão como lidar com gente como você!
Sergei não sentiu raiva nem ressentimento contra aqueles homens. A paz de Nosso Senhor tomou conta de seu coração!
Sua maior preocupação também era com sua esposa Lena, e os outros pastores. O que fariam com eles se os encontrassem.
A prisão de Briceni era conhecida por seus prisioneiros – homens com má reputação por sua vida de crimes. Seria uma experiência e tanto.
O pastor foi enviado de trem para Briceni. Ela ficava no sul da Moldávia, era conhecida por ter parreirais e ameixeiras. Mas, o medo de Sergei era tão grande que ele não conseguia nem “aproveitar a paisagem”.
Outros passageiros do trem também estavam com medo de Sergei. O fato de ele estar acorrentado e com uma escolta os assustava. Na verdade o que os assustavam era a KGB.
Falante e carinhoso, o pastor começou a fazer amizades dentro do trem e logo tinha muitos ouvintes ao seu lado, e não perdeu tempo. Falou do Amor de Jesus para eles, orou, e chegou a apresentar um pequeno estudo bíblico. Não poderia perder essa chance!
Os guardas não gostaram nada dessa exibição!
O pastor foi trancado no vagão de cargas. Mikhail, o guarda principal, ficou lhe “fazendo companhia”.
“Então você é um pregador, certo?” – disse Mikhail. “Eu costumava ir a igreja aos domingos com meus pais. Apesar daquilo que o governo dizia a respeito da superioridade do Comunismo, meu pai sempre dizia que a única resposta verdadeira é Deus!” – continuou. “Infelizmente meu pai falava de mais, um dia a KGB veio e o levou embora. Nunca mais o vi, e nesta epóca eu tinha sete anos. Desde então, Deus não teve muita utilidade para mim” – disse Mikhail.
“E agora?” Perguntou o pastor, “você não sente falta dEle? Seu pai era um homem inteligente. Você deveria voltar seus caminhos para o Senhor!”
Após pensar um pouco, aquele guarda aceitou a Jesus novamente.
Quando chegou na prisão o pastor foi recebido pelo diretor. A prisão tinha muros altos, cercas de arame farpado. O diretor falou ao pastor que, ele na prisão, não passava de um criminoso e como tal seria tratado. Pretendo fazer de você um exemplo, disse o diretor!
Sergei foi enviado para uma pequena cela. Não seria servido nunhuma refeição a ele. Para o diretor, o negócio de Deus deveria acabar naquele momento – “não existe Deus! A partir de agora, não lhe darei pão. Somente água! Vou deixá-lo a míngua”. Se seu Deus é tão forte, deixe que Ele mesmo traga o pão para você! E saiu rindo a vontade.
O pastor sentiu-se desamparado. Era apenas o início da primavera e ainda estava frio. Foi-lhe dado apenas um velho cobertor todo comido por traças. As paredes eram de pedras e muito frias.
A fome era tanta, que ele não conseguia pensar muito. Sergei orava para que Deus pudesse lhe dar forças. Havia uma janela, mas ela não era grande e não dava para sair por ela, mesmo que conseguindo fugir, os guardas o matariam. Eles haviam sido ensinados que a religião era para pessoas fracas da mente.
Na manhã seguinte, o pastor acordou bem cedo. De repente, ouviu um barulho como se algo estivesse arranhando a janela. Sentou-se para escutar ou ver o que causava o barulho. Mas, não viu nada. Estendeu a sua mão até o parapeito e sentiu algo macio. A impressão era de que seria um pedaço de pão. “Mas, o que estaria fazendo um pedaço de pão ali? Teria um guarda ficado com pena dele e trazido o pão em segredo?” Sim, o pão estava ali. “E agora o que fazer?”
Deus havia enviado para ele o alimento!
Sergei orou e agradeceu ao Senhor. Mas, lhe passou pela cabeça o seguinte: Se ele comece o pão jamais o diretor saberia que Deus o estava alimentando. Contudo, ele estava com tanta fome! Desde o que havia sido preso em Cahul somente comera uma casca de pão jogada por um guarda.
Ao entardecer, ouviu novamente o barulho. “Deus!” Novamente uma fatia de pão. O pastor não acreditava, Deus havia novamente enviado alimento. Guardou essa fatia também. Esperava que o diretor viesse na cela e então lhe mostraria as fatias, provando o cuidado de Deus com ele. Mais, estava com tanta fome! Novamente guardou as fatias de pão embaixo do seu colchão, esperando o diretor.
Por estar sem comer a vários dias, sentia muito frio, ao ponto de tremer incontrolavelmente.
O dia amanheceu, E novamente ouviu aquele barulho familiar. Pela terceira vez Deus o estava alimentando! Mas algo não deixava ele comer, e a fatia foi para o colchão novamente!
O alimento do pastor era trazido sempre ao amanhecer e ao anoitecer. Sua fome era terrível. Não poderia comer o pão, pois ele era a prova do cuidado de Deus!
Era a manhã do quinto dia de Sergei na prisão soviética de Briceni. Sergei aguardou o som familiar de arranhado, mais nada aconteceu. Será que não havia escutado o som? Então colocou a mão na janela, mais não encontrou nada. Estranhou esse ocorrido. Será que o alimento não seria mais enviado?
De repente, Sergei ouviu uma voz familiar. Sim, era a voz do diretor.
- Bem, pregador, seu Deus supriu todas as suas necessidades?
Então Sergei mostrou ao diretor as seis fatias de pão escondidas embaixo do colchão.
- Mas o que é isso? De onde veio este pão? Quem fez isto? - Perguntou o diretor muito bravo!
- Qual guarda o ajudou, espravejou o diretor?! Vou mandar açoitar quem fez isso!
- Na verdade senhor, eu não sei. E o pastor contou a forma miraculosa como Deus o havia alimentado!
Por um momento, o diretor não disse nada. Simplesmente olhou para Sergei como se acreditasse nele, um pouquinho, talvez. Mas só um pouquinho!
Então, enquanto o diretor ainda falava um monte de palavras não muito bonitas para Sergei. O barulho começou. Aquele mesmo arranhado na janela. A luz era fraca, mas o dia estava cada vez ficando mais brilhante e eles então puderam enxergar aquilo que Sergei estava procurando todos esses dias.
Uma pequena sombra apareceu. Seria um anjo? Não, anjos não têm sombra, não é mesmo! Um corvo? Não importava, fosse um corvo ou um anjo, ainda sim era um milagre.
Os dois homens deram um passo para trás, a fim de ver melhor o que seria. Então, de súbito, para surpresa geral, apareceu um gato preto com um pedaço de pão preto Russo na boca.
Louvado seja Deus! Era um gato!
Deus havia enviado o alimento de Sergei por um gato. Um gatinho preto. E para completar a história, o gato preto era da família do diretor. Expecificamente da sua filha. E o pão preto é feito por sua esposa, pão da sua própria cozinha!
O diretor ficou muito espantado! Nunca havia visto um milagre como esse!
Afinal, falou o diretor à Sergei – “Seu Deus existe, hoje Ele será o Meu Deus também!”
O livro começa narrando a história do pastor Sergei Petrovich e sua esposa Lena. Na Moldávia a KGB (tipo de polícia secreta do governo Comunista) permitia que os membros se reunissem desde que o dia estivesse claro. Reuniões à noite não eram permitidas, mesmo que fossem de portas abertas.
O interessante era que apesar de tudo que a KGB fazia para ameaçar os cristãos, de tempos o governo fazia anúncios públicos chocantes sobre os direitos humanos – como aquele que dizia que todos tinham direito a liberdade de religião e culto. Mas não se engane, isso tudo era somente fachada.
Eles gostavam de estar no controle, e por causa disso eram uma pedra no sapato da igreja. Apareciam, às vezes, nos cultos para observar tudo o que estava acontecendo.
Uma coisa que eles queriam saber, mas nunca descobriram, era sobre a eleição dos dirigentes da igreja. Subornavam membros, ficavam de tocaia para ver se haveria as tais reuniões secretas para resolverem os negócios da igreja.
Mas um respeito sagrado parecia impregnar a igreja da Moldávia e em sua capital, Kishinev. Parecia que todos, tanto cristãos quanto não, reverenciavam demais a igreja para servirem como informantes ou traidores. Deus sempre abençoara a igreja, nunca permitindo que alguma ação da KGB ao descobrir as reuniões pastorais fosse bem sucedida.
O pastor Sergei estava se dirigindo para sua pequena casa. Ele sabia que logo haveria uma reunião secreta para elegerem o novo presidente do campo da Moldávia. Ninguém sabia onde se reuniriam. E naquela noite, haveria uma dessas reuniões. As esposas dos pastores eram as responsáveis por transmitir as informações sobre essas tais reuniões.
Elas iam até o mercado e trocavam informações com outras esposas discretamente enquanto conversavam, ou na hora em que se reuniam para as costuras de roupa em grupo, os homens se informavam durante as longas caminhadas noturnas que normalmente faziam.
Nessa noite eles se reuniriam em uma casa bem escondida nos arredores. Ao se encaminhar para esse local o pastor usou vários caminhos. Passou enfrente a casinha e depois entrou pelos fundos, usando uma batida secreta na porta.
Nessa noite eles elegeram o pastor Petya como Presidente do campo. Ele era um bom homem de Deus, fazia com que a palavra de Deus escrita fosse distribuída a todos de formas bem variadas. Usava várias secretárias datilografando e depois sai discretamente entregando, deixava seus livros nos bancos da igreja ou no chão e quem precisasse ler, pegava e depois de algum tempo devolvia no mesmo lugar. Se essa pessoa fosse presa com o livro, dizia que havia encontrado o livro, e ela não estava mentindo. Então, como não havia provas contra, era solta pela KGB.
Ao se deitar nessa noite, o pastor Sergei elevou uma oração de agradecimento a Deus por ter escolhido esse homem como seu dirigente. Mas, mal deitou e escutou uma batida bem forte na porta. Era a KGB, ninguém se atrevia a ir à casa de outra pessoa naquele horário.
Homens fortes e mal encarados entraram, e logo perguntaram quem era o novo Presidente. “Nós já sabemos da sua reunião. Quem foi eleito?” O pastor não falou nada, e logo foi preso. Sua esposa chorava com medo do que iria acontecer ao seu esposo. Ele lhe pediu para que tivesse forças. E a mandou para casa do seu irmão. O pastor sabia que provavelmente não voltaria.
O pastor foi levado à sede da KGB. Durante toda a noite foi interrogado. Eles queriam os nomes de todos os pastores que participaram da reunião – “Não posso revelar essa informação. Não seria certo, os membros da minha igreja são minha família”.
Sergei então foi conduzido a um depósito, lá foi amarrado a um pilar e surrado sem dó. A única coisa que fez foi orar: “Senhor, por favor fica comigo!”
Ela já havia sido açoitado antes pela KGB, e essa era uma experiência terrível. Mas a despeito do tamanho da surra, ele não sentia dor. Era como se Deus lhe anestesiasse as costas. Ele se lembrou da história de John Wesley, de como ele foi espancado por paus, pedras nos anos de 1.700. E não sentiu nada, nenhuma dor, apesar do sangue escorrendo pela sua cabeça.
No final do espancamento, veio à sentença. Pena máxima de prisão, no pior presídio da época - Briceni. Lá, segundo a KGB, eles saberão como lidar com gente como você!
Sergei não sentiu raiva nem ressentimento contra aqueles homens. A paz de Nosso Senhor tomou conta de seu coração!
Sua maior preocupação também era com sua esposa Lena, e os outros pastores. O que fariam com eles se os encontrassem.
A prisão de Briceni era conhecida por seus prisioneiros – homens com má reputação por sua vida de crimes. Seria uma experiência e tanto.
O pastor foi enviado de trem para Briceni. Ela ficava no sul da Moldávia, era conhecida por ter parreirais e ameixeiras. Mas, o medo de Sergei era tão grande que ele não conseguia nem “aproveitar a paisagem”.
Outros passageiros do trem também estavam com medo de Sergei. O fato de ele estar acorrentado e com uma escolta os assustava. Na verdade o que os assustavam era a KGB.
Falante e carinhoso, o pastor começou a fazer amizades dentro do trem e logo tinha muitos ouvintes ao seu lado, e não perdeu tempo. Falou do Amor de Jesus para eles, orou, e chegou a apresentar um pequeno estudo bíblico. Não poderia perder essa chance!
Os guardas não gostaram nada dessa exibição!
O pastor foi trancado no vagão de cargas. Mikhail, o guarda principal, ficou lhe “fazendo companhia”.
“Então você é um pregador, certo?” – disse Mikhail. “Eu costumava ir a igreja aos domingos com meus pais. Apesar daquilo que o governo dizia a respeito da superioridade do Comunismo, meu pai sempre dizia que a única resposta verdadeira é Deus!” – continuou. “Infelizmente meu pai falava de mais, um dia a KGB veio e o levou embora. Nunca mais o vi, e nesta epóca eu tinha sete anos. Desde então, Deus não teve muita utilidade para mim” – disse Mikhail.
“E agora?” Perguntou o pastor, “você não sente falta dEle? Seu pai era um homem inteligente. Você deveria voltar seus caminhos para o Senhor!”
Após pensar um pouco, aquele guarda aceitou a Jesus novamente.
Quando chegou na prisão o pastor foi recebido pelo diretor. A prisão tinha muros altos, cercas de arame farpado. O diretor falou ao pastor que, ele na prisão, não passava de um criminoso e como tal seria tratado. Pretendo fazer de você um exemplo, disse o diretor!
Sergei foi enviado para uma pequena cela. Não seria servido nunhuma refeição a ele. Para o diretor, o negócio de Deus deveria acabar naquele momento – “não existe Deus! A partir de agora, não lhe darei pão. Somente água! Vou deixá-lo a míngua”. Se seu Deus é tão forte, deixe que Ele mesmo traga o pão para você! E saiu rindo a vontade.
O pastor sentiu-se desamparado. Era apenas o início da primavera e ainda estava frio. Foi-lhe dado apenas um velho cobertor todo comido por traças. As paredes eram de pedras e muito frias.
A fome era tanta, que ele não conseguia pensar muito. Sergei orava para que Deus pudesse lhe dar forças. Havia uma janela, mas ela não era grande e não dava para sair por ela, mesmo que conseguindo fugir, os guardas o matariam. Eles haviam sido ensinados que a religião era para pessoas fracas da mente.
Na manhã seguinte, o pastor acordou bem cedo. De repente, ouviu um barulho como se algo estivesse arranhando a janela. Sentou-se para escutar ou ver o que causava o barulho. Mas, não viu nada. Estendeu a sua mão até o parapeito e sentiu algo macio. A impressão era de que seria um pedaço de pão. “Mas, o que estaria fazendo um pedaço de pão ali? Teria um guarda ficado com pena dele e trazido o pão em segredo?” Sim, o pão estava ali. “E agora o que fazer?”
Deus havia enviado para ele o alimento!
Sergei orou e agradeceu ao Senhor. Mas, lhe passou pela cabeça o seguinte: Se ele comece o pão jamais o diretor saberia que Deus o estava alimentando. Contudo, ele estava com tanta fome! Desde o que havia sido preso em Cahul somente comera uma casca de pão jogada por um guarda.
Ao entardecer, ouviu novamente o barulho. “Deus!” Novamente uma fatia de pão. O pastor não acreditava, Deus havia novamente enviado alimento. Guardou essa fatia também. Esperava que o diretor viesse na cela e então lhe mostraria as fatias, provando o cuidado de Deus com ele. Mais, estava com tanta fome! Novamente guardou as fatias de pão embaixo do seu colchão, esperando o diretor.
Por estar sem comer a vários dias, sentia muito frio, ao ponto de tremer incontrolavelmente.
O dia amanheceu, E novamente ouviu aquele barulho familiar. Pela terceira vez Deus o estava alimentando! Mas algo não deixava ele comer, e a fatia foi para o colchão novamente!
O alimento do pastor era trazido sempre ao amanhecer e ao anoitecer. Sua fome era terrível. Não poderia comer o pão, pois ele era a prova do cuidado de Deus!
Era a manhã do quinto dia de Sergei na prisão soviética de Briceni. Sergei aguardou o som familiar de arranhado, mais nada aconteceu. Será que não havia escutado o som? Então colocou a mão na janela, mais não encontrou nada. Estranhou esse ocorrido. Será que o alimento não seria mais enviado?
De repente, Sergei ouviu uma voz familiar. Sim, era a voz do diretor.
- Bem, pregador, seu Deus supriu todas as suas necessidades?
Então Sergei mostrou ao diretor as seis fatias de pão escondidas embaixo do colchão.
- Mas o que é isso? De onde veio este pão? Quem fez isto? - Perguntou o diretor muito bravo!
- Qual guarda o ajudou, espravejou o diretor?! Vou mandar açoitar quem fez isso!
- Na verdade senhor, eu não sei. E o pastor contou a forma miraculosa como Deus o havia alimentado!
Por um momento, o diretor não disse nada. Simplesmente olhou para Sergei como se acreditasse nele, um pouquinho, talvez. Mas só um pouquinho!
Então, enquanto o diretor ainda falava um monte de palavras não muito bonitas para Sergei. O barulho começou. Aquele mesmo arranhado na janela. A luz era fraca, mas o dia estava cada vez ficando mais brilhante e eles então puderam enxergar aquilo que Sergei estava procurando todos esses dias.
Uma pequena sombra apareceu. Seria um anjo? Não, anjos não têm sombra, não é mesmo! Um corvo? Não importava, fosse um corvo ou um anjo, ainda sim era um milagre.
Os dois homens deram um passo para trás, a fim de ver melhor o que seria. Então, de súbito, para surpresa geral, apareceu um gato preto com um pedaço de pão preto Russo na boca.
Louvado seja Deus! Era um gato!
Deus havia enviado o alimento de Sergei por um gato. Um gatinho preto. E para completar a história, o gato preto era da família do diretor. Expecificamente da sua filha. E o pão preto é feito por sua esposa, pão da sua própria cozinha!
O diretor ficou muito espantado! Nunca havia visto um milagre como esse!
Afinal, falou o diretor à Sergei – “Seu Deus existe, hoje Ele será o Meu Deus também!”
Retirado da página do facebook do clube Leopardos Azuis (https://www.facebook.com/ClubeLeopardosAzuis?fref=nf)
Nenhum comentário:
Postar um comentário