domingo, 14 de setembro de 2014

Brasil: Superpotência Adventista

Atualmente o Brasil é um dos países que mais cresce em vários aspectos no mundo. É inegável que, apesar de nossos governantes corruptos, nosso país tem alcançado números grandes, principalmente quanto a questões econômicas. Mas quando se trata de Igreja Adventista, nosso país se torna uma superpotência. Exatamente, a Igreja em nosso país é a que mais cresce entre as IASDs no mundo. Refletindo nesses números o site Nisto Cremos preparou um artigo dando números do crescimento da Igreja no Brasil, o artigo é muito interessante e importante. Então continue lendo e veja estes números.
Depois do primeiro pacote com literatura aportar no Brasil em 1880, o adventismo por aqui cresceu e se desenvolveu. Após 134 anos, podemos ver com admiração o que Deus tem realizado através dos Adventistas no Brasil. De fato, o adventismo brasileiro alcançou a maturidade, chegando mesmo a tornar-se um dos mais robustos do mundo. Ao olhar os números e compará-los pode-se chegar ao conhecimento desta incrível realidade.


Nossa análise começa com a Divisão Sul-Americana, SAD (South American Division) na sigla em inglês. O gráfico abaixo é um comparativo do número de batismos, ano a ano, de 2010 a 2013. O nome das Divisões está em inglês:


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Neste gráfico pode-se ver que a DSA é a que mais batiza em todo o mundo, de cada 100 adventistas batizados no mundo, 20 são da DSA. Na verdade, em 2013, para cada 100 novos adventistas, 78 eram africanos (da África Subsaariana) ou latino americanos e apenas 4 europeus ou norte-americanos. Como acontece em todo o mundo cristão, a balança do cristianismo está pendendo para sul em relação ao norte.

Podemos agora comparar países. Estes são os 10 maiores países em número de adventistas no mundo.


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A Índia aparece como o país com mais adventistas no mundo. Apesar de ser surpreendente para alguns, se explica pelo fato de a Índia possuir a segunda maior população mundial, com mais de 1,2 bilhões de habitantes. Para cada brasileiro, por exemplo, existem 6 indianos. Assim, este número absoluto se dilui, havendo 1 adventista para cada 819 indianos. Brasil e Estados Unidos ocupam as próximas posições, estes três possuindo mais de 1 milhão de adventistas. Deste grupo, apenas 4 países tem populações superiores a 100 milhões de habitantes, os três primeiros e mais o México.

O Brasil possui o maior número de congregações, com 5 mil a mais do que o segundo colocado (Índia) e tendo 1 em cada 10 igrejas adventistas do mundo. Tem ainda o segundo maior número de pastores, só superado pelos Estados Unidos porém muito acima do terceiro (Filipinas) colocado em mais de 1000 pastores. Para fechar este quadro o Brasil é disparado o país com mais batismos no mundo, batizando mais de 100 mil acima do segundo colocado, a Zâmbia. Hoje, para cada 100 adventistas batizados no mundo, 17 são brasileiros. É um número impressionante.

Até este ponto analisamos o que seriam os números da secretaria, que se dedica a rastrear os membros, batismos e crescimento numérico. Pode-se imaginar como este crescimento se reflete na questão financeira. Neste aspecto, o crescimento brasileiro tem sido ainda mais espantoso. Vejamos primeiro uma análise por Divisões:

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Neste comparativo pode-se notar que a Divisão Sul Americana responde por 22,84% dos dízimos do mundo, a primeira colocada, a Norte Americana por 40,29% e a Inter Americana, a terceira por 9,95%. Embora devolva basicamente a metade dos Norte Americanos, a DSA entrega mais que o dobro da terceira colocada. Quando analisamos os países individualmente, a realidade brasileira se destaca.


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Os Estados Unidos devolvem 37,38% dos dízimos mundiais e o Brasil vem em segundo lugar, entregando 18,75% dos dízimos do mundo. A terceira colocada, a Austrália aparece muito distante com 3,05% dos dízimos globais. O Brasil devolve hoje pouco mais de 50% do total de dízimos Norte Americanos, o que pode parecer ainda pouco, entretanto, a comparação de crescimento mostra uma realidade surpreendente:


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Em 13 anos, o dízimo brasileiro cresceu 432,07% enquanto o Norte Americano 27,37%. Passamos de 7,46% do dízimo mundial para 18,75% enquanto no mesmo período, os Estados Unidos foram de 57,62% para 37,38% do total mundial. É uma realidade ainda mais relevante quando nos lembramos que PIB norte americano é 8 vezes superior ao brasileiro (17,528 trilhões contra 2,171 trilhões de dólares) e a renda per capita 5 vezes maior, 11.875 dólares no Brasil e 49.922 dólares nos Estados Unidos. Se mantiver este ritmo de crescimento, em alguns anos o dízimo brasileiro alcançará o americano e em seguida o suplantará.

A taxa de crescimento anual de 2000 a 2010 ficou em torno de 30% ao ano, enquanto a americana foi de 2,4% aproximadamente. Se estas taxas se mantiverem, nos próximos 10 anos o Brasil será o maior país em dízimos do mundo.
Nossa maior União em recursos, a União Central Brasileira, é hoje a quarta maior em dízimos, ficando atrás apenas das gigantes norte americanas Southern, Pacific e Columbia.




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Se a UCB, que é apenas o estado de São Paulo, fosse uma divisão, seria a sexta maior em recursos. O estado de São Paulo entrega mais dízimos do que países como a Alemanha, Inglaterra, Coréia, Canadá e Austrália. Se juntarmos os dois países europeus que estão entre os 10 com mais dízimos do mundo, Alemanha e Inglaterra, ainda assim a UCB aparece com mais dízimos (78 milhões contra 102 milhões).

Se nos voltamos para instituições, encontramos a CPB como a maior publicadora do mundo adventista. Em 2012 a nossa CPB vendeu US$ 61,633,053 enquanto a Review and Herald Publishing Association, a emblemática publicadora, mãe de todas as outras editoras, vendeu US$ 31,558,856. Somada a Pacific Press Publishing Association, a outra editora norte americana, foram feitas vendas no valor de US$ 50,080,534. Mesmo juntando as duas gigantes americanas elas não superam a nossa CASA, que ainda possui o maior número de funcionários do mundo, 539 contra 107 da Pacific Press e 139 da Review. Após o fechamento da Review neste ano, a segunda maior editora do mundo tornou-se a Pacific Press, com vendas em 2012 no valor de US$ 18,521,678, ainda muito distante da CPB.

Em número de Uniões, somos o primeiro país com oito em todo o território nacional, superando os EUA e a Índia (7 cada um). Em Associações ficamos em segundo (51) sendo superados apenas pela Índia (66), com a observação de que temos naquele país campos que possuem menos mil membros (2) e outros 16 com menos de 5 mil membros. A menor associação no Brasil possui em torno de 8.000 membros.


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Veja um resumo da classificação do Brasil em diversos itens:

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E AGORA?

Não se pode negar a força do adventismo brasileiro. Todo este crescimento é motivo de júbilo e gratidão a Deus, que tem abençoado o trabalho de Seu povo neste grande país. Toda esta força porém não deve ser motivo de orgulho, mas de senso de responsabilidade.

Durante o último século os Estados Unidos foram o motor do adventismo mundial. Seus recursos ampararam missões adventistas em todo o mundo, seus missionários espalharam a mensagem tornando a igreja Adventista do Sétimo Dia uma igreja realmente mundial. Eles ensinaram as Divisões filhas a se organizarem e a lidarem com seus recursos. A dívida da igreja mundial com a mãe North American Division só será paga no Reino dos Céus. Mas chegou o tempo em que esta filha, a Divisão Sul Americana, e de modo bastante especial o Brasil, deve assumir seu papel na pregação mundial do evangelho, ombreando e apoiando a antes quase solitária NAD.

Se Deus permitiu este crescimento do Brasil, sem precedentes na história da igreja adventista, é porque Ele tem um plano para os adventistas brasileiros. Devemos continuar nosso crescimento, pois quanto mais crescimento, mais recursos para a pregação mundial do evangelho. É tempo também de espalharmos os missionários brasileiros pelo mundo. Brasileiros sofrem hoje menor resistência e são mais bem aceitos na maioria dos países do mundo do que outros, como os próprios americanos ou europeus.

Hoje a DSA já possui um programa enviando 25 missionários inter-divisão. Mas podemos mais. Todas as nossas associações poderiam enviar primeiramente um missionário, teríamos então 39 missionários (aqui estão excluídas as associações-missão), posteriormente poderiam enviar mais um, perfazendo um total de 78 missionários. As Uniões enviariam 2 cada uma, 16 no total e a DSA, 6. Ao todo, teríamos 100 missionários brasileiros pregando o evangelho no mundo com recursos oriundos do Brasil. É uma grande oportunidade.

Devemos também continuar com o foco no em nosso crescimento interno, mantendo fortes instituições, mas usando a criatividade brasileira para criar novos métodos de evangelismo e mostrar o modelo de adventismo brasileiro como paradigma para o mundo. Deus tem nos posto como atalaias e nos chama a fazer nossa parte e assumir nossa responsabilidade. É tempo de trabalho como nunca dantes para os adventistas brasileiros. Após 134 anos de adventismo no Brasil, podemos verdadeiramente exclamar como o salmista: “Grandes coisas fez o Senhor por nós e por isso estamos alegres”!

Fontes: 2014 Annual Statistical Report - 150th Report of the General Conference of Seventh-day Adventists
Disponível em http://docs.adventistarchives.org//documents.asp?CatID=11&SortBy=2&ShowDateOrder=True



Pr. Roberto Roefero (mestrando em teologia).
Distrital em Vila São José na APS.
Casado com a Prof. Pauline e pai de 2 filhos, Paulo Roberto e Maria Carolina.


Fonte: Nisto Cremos

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