História da Semana #49: Dinastia de Judá 5: Um balanço da vida

Como anunciamos no post anterior, estamos a quase duas semanas sem postar por isso ficamos sem história da semana na semana passada, hoje voltamos a escrever continuando no ponto onde paramos, ou seja, quando Josias assumiu o reinado com oito anos. Deixamos algumas questões no ar e podem ter certeza de que responderemos elas aqui. Falar de Josias para mim é algo muito legal, é meu personagem bíblico favorito, mesmo criança ele assumiu responsabilidades imensas, reedificou Judá e para falar a verdade, criei e comecei esta série pensando nele e em suas raízes, sua família, seu passado, o que o motivou, o que o desmotivou e tudo mais. Sem mais delongas fiquem agora com a história.
O carro de guerra com cavalos esbeltos corria rapidamente em direção a Jerusalém. Soldados e mensageiros se dispersavam no campo de batalha. Perderam aquela batalha, mas isso era o de menos, estavam preocupados com outra pessoa, ela estava deitada no carro de guerra ao lado de um general e um escudeiro. Ao lado o príncipe chorando, quem era esta pessoa? Uma mente brilhante de cerca de 39 anos, maduro, atraente, sensato, temente a Deus, o tempo corria, agoniza uma flecha egípcia no abdômen, ele sentia que não chegaria ao médico em Jerusalém a tempo, sentia a morte, não sabia ao certo seu destino, lembrou-se de sua juventude
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Aquela pessoa na carruagem recebia uma coroa de ouro feliz, não entendia tudo, ainda não era maduro, tinha apenas oito anos. Seu pai, o rei Amom havia morrido meses antes, vítima de uma emboscada de seus generais. O jovem Josias tinha tudo para dar errado. O povo, longe dos caminhos de Jeová, acreditava numa decadência do reino de Judá. Eles adoravam a toda sorte de deuses estrangeiros, os sacerdotes e levitas de Jeová coroavam o príncipe, mas pensavam consigo mesmo: Agora estamos perdidos, o filho do perverso Amom, uma criança imatura, vai se afundar na idolatria e Deus se afastará de nós. Josias por sua vez, mantinha os ensinamentos do finado avô Manassés sobre Deus, ele seria temente a Deus e eliminaria a idolatria.
Mesmo aprendendo cada vez mais como governar, adorando a Deus, tomando decisões sábias e se dedicando nos estudos, Josias demorou para assumir de vez o trono. Claro que ele mandava, mas suas ordens maiores não eram executadas sem a aprovação da mãe e conselheiros praticamente faziam sua opinião, eles eram parte importante no reino, derrubavam qualquer ideia de Josias que pudesse desfortalecer o povo. A ajuda da mãe e dos conselheiros o ajudou a formar idéias e opiniões favoráveis ao povo e a Deus, ele já tinha um esboço do que faria quando tomasse controle total do reino. Com 16 anos começou os planos para a reforma do templo e fortaleceu sua convivência com Deus.
Com 20 anos ele assumiu o controle do reinado. A esta altura Hilquias, amigo do avô virou sumo-sacerdote e entrou para a corte de Josias e Jeremias, um pouco mais velho que Josias, virou seu conselheiro pessoal, ambos ainda desempenariam papéis importantes no reinado de Josias e seus filhos.
A comunhão de Josias com Deus cresceu. Ele se fortaleceu, quando assumiu de vez o reinado ele tomou a decisão de purificar o reino da idolatria. Primeiramente mandou alguns líderes religiosos tementes a Jeová por todo o reino, eles começaram a pregar sobre Jeová, recolocando o povo nos caminhos de Deus.
Alguns meses depois Josias sente as consequências boas de enviar o pregadores, chama o sumo-sacerdote Hilquias e seus generais, além do escrivão do rei e declara:
- Está na hora de pormos em prática a segunda parte do plano. Prepare o exército e destruam tudo e todos que se oporem a  Jeová, sejam estátuas, ídolos, templos, sacerdotes, pessoas, conselheiros ou qualquer outra coisa.
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O homem moribundo na carruagem dá um tímido sorriso ao lembrar do início do reinado. Ele sente muita dor e agoniza ao voltar os pensamentos para a flecha fincada no seu estômago. Ele tenta resistir, mas sabe que morrerá, vê ao seu lado soldados, amigos, seu filho e todos choram, choram pelo melhor rei de Judá desde Davi.


Na próxima semana: A vocação de Jeremias, a destruição dos ídolos, o cumprimento de uma profecia e os últimos momentos de Josias.